A Viagem de Colombo marca o início da Era Moderna?

Harold Jones 18-10-2023
Harold Jones

Em outubro de 1492, Cristóvão Colombo avistou terra após meses no mar. O alívio palpável entre sua tripulação após meses no mar com um destino desconhecido só pode ser imaginado. No entanto, uma coisa que é certa é que isso mudaria o mundo para sempre.

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Rotas para o leste

O século XV, famoso por um ressurgimento nas artes, ciências e aprendizagem clássica, foi também uma época de exploração renovada, que começou com o Infante D. Henrique, o Navegador português, cujas embarcações exploraram o Atlântico e abriram rotas comerciais em África na década de 1420.

Era bem sabido que no extremo oriente havia grande riqueza através do comércio, mas era quase impossível abrir rotas comerciais regulares por terra, com grandes distâncias, estradas pobres e numerosos exércitos hostis, todos problemas. Os portugueses tentaram chegar à Ásia através do Cabo da Boa Esperança, daí a sua exploração das costas africanas, mas a viagem foi longa e um homem genovês chamado Cristóvão Colomboabordou o tribunal português com uma nova ideia.

Rumo ao oeste para chegar ao leste

Colombo nasceu em Génova, Itália, filho de um mercador de lã. Foi para o mar com 19 anos, em 1470, e foi parar às costas de Portugal, agarrado a um pedaço de madeira depois de o seu navio ter sido atacado por corsários franceses. Em Lisboa, Colombo estudou cartografia, navegação e astronomia. Estas competências revelaram-se úteis.

Colombo aproveitou uma ideia antiga de que, como o mundo era redondo, ele poderia navegar para oeste até emergir na Ásia, através de um mar aberto, livre de corsários e navios hostis que perturbavam os portugueses em torno da África.

Colombo aproximou-se da corte do rei português João II duas vezes em 1485 e 1488 com este plano, mas os peritos do rei avisaram-no que Colombo tinha subestimado as distâncias envolvidas. Com a rota da África Oriental uma aposta mais segura, os portugueses estavam desinteressados.

Colombo permanece incansável

O próximo passo de Colombo foi tentar o recém unificado Reino de Espanha e, embora tenha sido novamente mal sucedido inicialmente, continuou a incomodar a rainha Isabel e o rei Fernando Fernando até que finalmente recebeu a aquisição real em janeiro de 1492.

A Nave Bandeira de Colombo e a Frota de Colombo.

Naquele ano, a reconquista cristã da Espanha tinha sido concluída com a captura de Granada, e agora os espanhóis estavam voltando sua atenção para costas distantes, ansiosos para igualar as façanhas de seus rivais portugueses. Colombo recebeu fundos e recebeu o título de "Almirante dos Mares". Colombo foi informado de que, se apreendesse novas terras para a Espanha, seria ricamente recompensado.

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Os cálculos de Colombo para a circunferência da terra estavam muito errados, pois se baseavam nos escritos do antigo erudito árabe Alfraganus, que usava uma milha mais longa do que a usada na Espanha do século XV, mas partiu com confiança de Palos de la Frontera com três navios: o Pinta, o Niña e o Santa Maria.

Inicialmente ele se dirigiu para o sul das Canárias, evitando os navios portugueses que pretendiam capturá-lo pelo caminho. Em setembro ele finalmente embarcou em sua fatídica viagem para o oeste. Sua tripulação estava inquieta com a perspectiva de navegar para o desconhecido, e a certa altura ameaçou seriamente com um motim e voltou para a Espanha.

Colombo precisava de todo o seu carisma, bem como de promessas de que a sua educação em Lisboa significava que ele sabia do que estava a falar, para evitar que isto acontecesse.

Os três navios navegaram para oeste durante mais de um mês sem qualquer avistamento de terra, o que deve ter sido incrivelmente desmoralizador para a tripulação, que não fazia ideia de que estavam de facto a navegar em direcção a uma grande massa terrestre. Como resultado, avistar enormes multidões de aves no dia 7 de Outubro deve ter sido um momento de intensa esperança.

Colombo rapidamente mudou de rumo para seguir as aves, e em 12 de outubro a terra foi finalmente avistada. Houve uma grande recompensa em dinheiro prometida por ter sido o primeiro a avistar a terra, e Colombo mais tarde afirmou que ele mesmo tinha ganho isto, embora na verdade tivesse sido avistado por um marinheiro chamado Rodrigo de Triana.

A terra que eles viram era uma ilha e não o continente americano, uma das Bahamas ou das ilhas Turcas e Caicos. No entanto, o que importava era o simbolismo do momento. Um novo mundo tinha sido descoberto. Nesse momento, Colombo desconhecia o fato de que essa terra era antes intocada pelos europeus, mas ainda observava com atenção os nativos que ele via ali, que eram descritos comopacífica e amigável.

Colombo desconhecia o facto de esta terra não ter sido anteriormente tocada pelos europeus.

Um legado imortal, se não debatido.

Após explorar mais do Caribe, incluindo Cuba e Hispaniola (Haiti moderno e República Dominicana) Colombo voltou para casa em janeiro de 1493, tendo deixado um pequeno assentamento de 40 pessoas chamado La Navidad. Ele foi recebido com entusiasmo pela corte espanhola, e realizou mais três viagens exploratórias.

O legado das suas viagens tem sido debatido calorosamente nos últimos vinte anos. Alguns dizem que foi a porta de entrada para uma gloriosa nova era de exploração, enquanto outros argumentam que o avistamento de Colombo deu início a uma nova era de exploração colonial e o genocídio dos nativos americanos.

Qualquer que seja a sua opinião sobre Colombo, é inegável que ele é uma das figuras mais importantes da história da humanidade, baseada apenas nesta viagem. 12 de Outubro de 1492 é visto por muitos historiadores como o início da era moderna.

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Harold Jones é um escritor e historiador experiente, apaixonado por explorar as ricas histórias que moldaram nosso mundo. Com mais de uma década de experiência em jornalismo, ele tem um olhar apurado para os detalhes e um verdadeiro talento para dar vida ao passado. Tendo viajado extensivamente e trabalhado com os principais museus e instituições culturais, Harold se dedica a desenterrar as histórias mais fascinantes da história e compartilhá-las com o mundo. Por meio de seu trabalho, ele espera inspirar o amor pelo aprendizado e uma compreensão mais profunda das pessoas e eventos que moldaram nosso mundo. Quando não está ocupado pesquisando e escrevendo, Harold gosta de caminhar, tocar violão e passar o tempo com sua família.